sábado, 5 de março de 2011

Maresia

Chegando a praia senti mais uma vez areia queimando sob os pés descalços. Sentei em uma das cadeiras de plástico da skol debaixo da barraca e não pensei em nada, passava de tudo, nada passava. As ondas se formavam mais altas que o esperado pra quem não sente muita atração pelo mar, as pessoas pareciam alegres e previsíveis, sempre alheias a qualquer acontecimento além do próximo mergulho que dariam. Eram coordenadas precisas que davam em lugares parecidos, próximos, a maioria dos caminhos se cruzando constantemente. Encontros e desencontros, casos e acasos, leitura que fiz.
O mar convidativo me chamando, tentativa um de responder ao chamado frustada, tentativa dois meio correspondida. Nada melhor que sal no cabelo, vento na cara, sim na cara, ondas vindo de tudo quanto é lado e o melhor, um bando de estranhos ao redor. Sentei de novo na cadeira da skol (porque sempre da skol ?) peguei minha música e me tornei mais uma alienada em meio à alienígenas.
Dormi na praia, na cadeira especificamente amarela, da skol, despreocupada, desengonçada, pensando em você, em como a praia teria sido melhor, você comigo, eu e você.

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