domingo, 25 de abril de 2010

11:11

Hoje me agarro a crenças que me trazem pra perto do que quero que seja verdade.
Procuro em palavras embaralhadas sentido, busco nos mais improváveis sentimentos um escape do previsível.
Assisto paixões não correspondidas, supostos amores desmoronando como castelos de areia, o meu já desmoronado, antes mesmo de ser construído, não consigo mudar de canal.
Sinto pena de pessoas que nunca conheci e me encaixo perfeitamente no que elas vivem sem nem perceber onde estou me 'metendo'.
Reclamo sim, de coisas bobas, choro quando tem que chorar, saio atrás de coisas pra fazer e no fim não dou conta de nada, tento de todas as formas mostrar quem realmente sou, mas só sou quem sou quando ninguém está vendo.
Dramatizar faz parte do teatro em que vivo, aqueles que amo são os protagonistas e felicidade é o que mais está escrito no script.
Por um momento esqueço de tudo e me sinto normal, pego o celular, vejo 11:11, acabei de abrir a porta para o turbilhão de sentimentos recomeçar.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

tenho medo

das coisas continuarem as mesmas previsíveis, monótonas.
de acordar e perceber que tudo mudou tragicamente.
tenho medo do que realmente gosto, ir, e não voltar mais; de perder o olhar que hoje tenho pela vida, de realizações não passarem de sonhos, de me decepcionar.
de perceber que a culpa foi minha, que pensei demais, me iludi demais, agi de menos.
de querer voltar atrás pra mudar 'quase' tudo e não ter como, de fechar os olhos pro presente e cansar de fazer planos pro futuro.
de reclamar demais, e não prestar atenção nas pequenas coisas.
de não agradar, não fazer falta.
de não conseguir mostrar quem eu realmente sou, não fazer A diferença e me preocupar demais com o que pensam.

mas são meras palavras, sentimentos escritos representando verdades ou não, tudo não passa de ponto de vista, de momentos em que realmente eu escrevo meu destino e digo onde cada ponto, cada vírgula, cada parágrafo vão estar presentes... e estes, talvez por medo, obedecem.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

quinta-feira, 8 de abril de 2010

A falta

Faz falta ter momentos explosivos de criatividade em que não se consegue por em um texto tudo que se tem a dizer.
Sinto, mesmo que só um pouco, falta de problemas sem solução, em que se quebra a cabeça e nunca se acha uma saída, mesmo que esta esteja bem na sua frente.
Falta se traduz num vazio que antes já foi ocupado, e hoje mesmo que se tente procurar, não sabe-se onde achar.
Falta tenho de olhar com outros olhos, pra mim, pra vida, pras pessoas, de não ver normalidade em nada e continuar acreditando que meus sonhos vão se realizar.
Só não sinto falta, da falta que sinto.